Mesmo com todos os bons resultados, ainda há quem duvide da qualidade do ensino a distância. E já que existe uma parcela da população que ainda resiste a essa modalidade de ensino, vamos aos resultados. Em 1997, estudo apontava para a consolidação do ensino a distância. Até aí tudo bem, não fosse o apanhado de quase 300 anos levados em consideração para formular tal reflexão. Acontece que o estudo, muito bem detalhado, levou em conta experiências com EAD que já eram realizadas em 1728, em Boston, Massachusetts. No Brasil, experiências bem sucedidas datam de 1923, quando da fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Em Harvard, uma das instituições educacionais mais conceituadas do mundo, bem como a mais antiga instituição de ensino superior dos EUA, a qualidade dos cursos a distância pode ser comprovada através do desempenho dos alunos das mais variadas áreas do conhecimento. A escola de extensão da universidade oferece mais de 100 programas bem sucedidos de EAD.
Por aqui, os alunos que ingressaram em cursos superiores com a modalidade de educação a distância têm mostrado melhor desempenho do que os estudantes que fazem o mesmo curso da maneira tradicional, segundo os primeiros resultados do Enade (exame do MEC que avalia o ensino superior). Um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) - órgão de avaliação e pesquisa do MEC - aponta que os estudantes de cursos a distância se saíram melhor em 7 das 13 áreas onde essa comparação é possível.
Em Sergipe, dois exemplos recentes reforçam a certeza de que a qualidade da EAD merece crédito. Alunos da UAB/UFS (Letras - Língua Portuguesa), orientados pela coordenadora da Disciplina Sociolinguística, Dra. Raquel Meister Ko Freitag, obtiveram as seguintes conquistas. Breno Trindade Cardoso, aluno do Polo de Propriá, teve artigo aceito para publicação em concorrida revista Littera - publicada pelo Departamento de Letras (DELER) do Centro de Ciências Humanas (CCH) da Universidade Federal do Maranhão. Breno, que é bolsista PICVol, só se encontrou presencialmente com a orientadora uma única vez. Jancelia Bispo de Andrade, dentre um sem número de candidatos, foi contemplada com bolsa de estudos PIIC, ano base 2011/2012 - Área: Humanas, Linguística, Letras e Artes.
Por Guilherme Gouy