Terminou agora há pouco a Oficina de Utilização de Recursos Diferenciados para o Ensino de Matemática, promovida pelo Centro de Educação Superior a Distância. Realizada de 1° a 4 desse mês, a iniciativa tem a assinatura da Professora Ivanete Batista dos Santos, do Departamento de Matemática da UFS, que contou com o auxílio de alunos dos polos de Estância e São Domingos.

As atividades foram realizadas nas dependências da Didática V e nos Laboratórios de Informática para o Ensino de Matemática, estes localizados no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia - CCET. Das 50 vagas disponibilizadas mais de 30 foram preenchidas, o que, se levarmos em conta o período de férias e a distância de alguns municípios, pode ser considerado um sucesso.

Destinada aos alunos do curso de Matemática (presencial e a distância), a oficina tinha como objetivos principais a aproximação dos alunos do presencial e da EAD, trabalhar novos recursos de ensino da matemática e a utilização, inclusive, de softwares (livres) especializados como o GeoGebra, um programa de matemática dinâmica, feito com o intuito de ser utilizado em sala de aula, o qual junta aritmética, álgebra, geometria e cálculo. O GeoGebra possibilita o desenho de pontos, vetores, segmentos, linhas e funções, e ainda, a alteração dinâmica deles, assim que terminados. Além do caráter inovador da proposta, outra novidade diz respeito à condução das atividades por parte dos alunos do curso a distância, algo pouco comum até algum tempo atrás - Cabe salientar que dois terços dos participantes estão matriculados na modalidade presencial. "Os alunos estavam apreensivos no começo, sem saber como seriam encarados pelos alunos do presencial, mas, quando a oficina começou, perceberam que as coisas iriam caminhar bem", explica a coordenadora da oficina.

De acordo Ivanete, a elaboração da oficina durou um semestre, durante a disciplina Estágio 2. Durante esse tempo os alunos conseguiram elaborar e aplicar um questionário a alunos e professores do ensino fundamental (das suas respectivas cidades). A idéia era identificar os conteúdos com maior dificuldade de ensino/aprendizagem e, a partir dessas dificuldades, elaborar uma oficina que permitisse elaborar e testar possíveis soluções. Segundo Ivanete, a pesquisa trouxe elementos bem interessantes como, por exemplo, a descrição feita por muitos alunos quanto a uma aula de matemática. Muitos deles relataram (mediante desenhos e textos) uma aula de matemática da seguinte maneira: um quadro negro, um professor de costas, giz, deveres de casas e alunos arrumados em sala de aula. "Não houve sequer um único registro da utilização das novas tecnologias de ensino. De acordo com os dados obtidos com o questionários elaboramos as atividades da oficina, que, do meu ponto de vista, superou todas as expectativas, seja pela qualidade dos resultados alcançados, quer seja pela participação efetiva dos alunos", relata.

A oficina teve como monitores: Josiane Santana, Francisco Machado, Givaldo Ribeiro Almeida (Polo de São Domingos) e Valéria Costa de S. Santos, Maria de Fátima O. Dantas e Maria Cristina S. Santos (Polo de Estância).

Veja as fotos!